quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Grande Pescaria

Geraldo foi pescar com seu pai e uns amigos no Pantanal. A viagem foi tranquila e passaram por lugares muito bonitos. O passeio estava muito bom, haviam pescado muitos peixes e visto muitos animais exóticos. No terceiro dia de pesca, depois de duas horas e vários peixes, Geraldo fisgou um. Estava muito pesado para ele e seu pai veio ajudar. De repente eles perceberam que era um peixe muito grande, tão que ainda não fora visto por aqueles lados. Até ai nada anormal, e nada mau pra uma pescaria, o problema é que o pai de Geraldo, senhor Juraci, gostava de aumentar um pouco em suas aventuras. Essa Foi a história verdadeira, porém vou contar da forma que Juraci contou na roda de amigos a noite. 
“Saí de viagem com meu fi e uns amigos lá pro pantanal, ficamos lá pescano e viveno daquela natureza boa. No terceiro dia de pesca meu menino pego um pedaço de carne que tinha sobrado do churrasco da outra noite, ai ele coloco no anzol e jogou n’água pra ver no que dava. O menino fisgo um bicho que nem eu sei o nome, mais que era grande, isso era. Eu percebi que ele num ia aguenta segura a vara e fui ajuda o rapaiz. Foi quando o animal me jogo dentro d’água, ficamo eu e ele debateno, até que eu consegui pega meu canivete e matei o bicho. Logo que sangrei o animal, fiquei todo sujo de sangue, ai as piranhas junto ni mim, e eu fiquei debatendo com elas e consegui chegar na berada do rio. Ai vei um Jacaré e começo a tenta me morde, e eu brigano com ele, aquela confusão, ai num foi muito difícil, eu matei ele também. Quando eu olhei do outro lado do rio eu vi um urso polar olhando pra mim. “ 
Nessa Hora eu interrompi o conto do Juraci: 
-A pescaria eu entendo, as piranhas tudo bem, o jacaré também, afinal estamos falando do pantanal. Agora o que um urso polar estava fazendo lá? 
“-Pois é sô, isso que eu não intendi, eu atravessei o rio a nado, peguei nas oreia dele e perguntei: o que cê tá fazendo aqui meu fio?”

Guilherme - 306

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A festa

Patrícia estava em um festa na casa de amigos. A festa estava boa, mas já estava quase no fim e ela decidiu ir embora com uma amiga. Despediram-se de todos e foram caminhando para a casa as 11horas da noite. No caminho não havia muita gente, pois estava muito frio naquela noite. De repente... Uma de suas amigas veio correndo e lhe disse para esperar, pois ela tinha algo de sumo importância para lhe falar. Patrícia se assustou. Então ela e sua amiga pararam e esperaram por um tempo. Naquele momento ela estava apreensiva ao pensar. O que será? Chegando mais perto de Patrícia ela disse: não vá embora, pois iremos prolongar a festa por sua causa. No espanto de Patrícia ela retrucou. Mas porque por minha causa? Todos os garotos estão indo embora, pois você era a garota mais bonita da festa. Então Patrícia e suas amigas resolveram voltar e ficar mais um pouquinho. Naquela festa Patrícia conheceu um garoto chamado Pedro eles namoraram por muito tempo depois se casaram e construíram uma bela família. E através daquela festa Patrícia encontrou a sua felicidade.

Stefany - 308

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Guardiã do Bosque

Perto da casa de Marina havia um bosque onde sempre brincava à tarde, mas nunca se afastava muito. Um desses dias, brincando com sua boneca preferida, apareceu um enorme e estranho rato, eles se observaram por muito tempo. De repente, o rato deu uma intrigante piscada para Marina, disse para o seguir e correu por uns quinze minutos até que chegaram em frente a um portal de pedra, com palavras escritas no
topo: "tá tú faoi bhun mo sciathán mo chara. Céad míle fáilte." Perplexa, Marina olhou para o rato que começou a explicar que ali estava escrito: "Você está sob minha asa meu amigo, cem vezes bem-vindo." 
Contou também que aquela era uma linguagem muito antiga usada por um povo que vivia na Terra de Gales. Mais assustada ainda, ela olhando para o rato, perguntou quem ele era e que lugar era aquele, o rato se desculpou por não ter se apresentado antes e começou a se transformar em humano, passado alguns segundos, como mágica, o rato já estava em forma humana, começou então a se apresentar, contou a Marina que seu nome era Taliesin, que era um deus poeta, patrono dos bardos, menestréis, feiticeiros e druidas. Contou também que possuía o poder de mudar de forma e dominava bem a escrita, a sabedoria, a música, o
conhecimento e a magia, contou a ela que já havia algum tempo que a observava e queria mostrar um pouco de sua terra para alguém que ainda tivesse o coração puro. Marina, ainda muito assustada, lembrou de algumas histórias que seus bisavós contavam à ela sobre os druidas e seus mitos, então decidiu deixar que Taliesin a guiasse. Quando passaram pelo portal imediatamente viram um belo bosque com flores, árvores e um riacho que corria ao meio de pedras, foram recebidos por silfos que voavam com os ventos, por duendes e dríades que corriam por entre as flores e árvores, ondinas que brincavam no riacho, e por salamandras que saíam do meio das pedras. Taliesin contou que ali era um Reino Mágico, onde os silfos eram guardiões do ar e dos ventos, os duendes guardiões da terra, as dríades eram protetoras das árvores, as ondinas guardiãs da água, e as salamandras protetoras do fogo. Taliesin contava que já havia muito tempo que as crianças haviam perdido sua imaginação, sonhos e a essência da magia de toda criança, e com isso, o mundo mágico estava cada vez mais perdido. As crianças só querem se perder em meio de jogos sem sentido perdendo sua infancia, a idade mágica, em meio de computadores. Taliesin vendo que Marina se divertia junto aos seres mágicos que ali estavam, disse que ela poderia voltar ali quando quisesse, Marina desejando ficar ainda mais, concordou em voltar para casa. Já novamente no portal de pedra, Taliesin entregou a Marina uma Triskelion, que era uma chave daquele bosque mágico em forma de três espirais concêntricas. Taliesin naquele momento a nomeou "Guardiã do Bosque Encantado de Gales" e, repentinamente desapareceu, Marina ficou com a chave na mão por um instante e sem compreender muito bem o que havia acontecido, retornou para casa acreditando em tudo o que tinha visto ali e não deixaria sua essência de criança acabar, mesmo depois de adulta. Sempre Marina voltava ao bosque e quando cresceu levou seus filhos ali e a essência mágica ali nunca desapareceu: "Nunca deixe a criança que existe dentro de você morrer, ela é sua juventude eterna, seus sonhos, suas esperanças e sua melhor companhia." 

Michael - 208

Toma que o pepino é seu!!

Os irmãos Catarina e Damião haviam encontrado uma estranha e pequena porta na parede do porão, mas sua mãe interrompeu a brincadeira chamando-os para se deitar... tiveram de conter a curiosidade para o dia seguinte. Quase não conseguiram dormir. Passava mil coisas pela cabeça de cada um, mas enfim pegaram no sono. No outro dia, chegando em casa depois da aula, foram direto ao porão. 
Catarina, sempre comedida, pediu ao irmão que não os entregasse à mãe com seu olhar ansioso para descobrir o que havia naquele lugar. Damião era impaciente e impulsivo e mal conseguia se conter tamanha sua curiosidade. Os dois almoçaram apressadamente e deram logo jeito de escaparem da sala para iniciarem suas descobertas. Há muito tempo aquela porta estava ali, como não perceberam antes? Deram um jeito de entrar e se depararam com uma escuridão assustadora. Tentaram enxergar alguma coisa, mas foi impossível. Saíram de lá decepcionados e frustrados, mas não desanimados com os seus planos. No outro dia seguiram suas rotinas e chegando novamente em casa, foram para suas descobertas bem equipados. Levaram lanternas, velas, celulares, enfim, tudo que pudesse cooperar com eles para que enxergasse pelo menos um palmo diante dos seus narizes. Acionaram a lanterna e o que puderam ver foi uma grande biblioteca e grandes e grossos livros em estantes antigas, feitas de pesadas madeiras, o que hoje custaria uma fortuna. Foram em direção a eles e tentavam descobrir o seu conteúdo, o que foi impossível, tudo estava escrito num idioma ainda desconhecido pela humanidade. Damião ficou assustado e mais curioso ainda sem entender o que estava acontecendo naquele lugar. Saíram de lá ainda decepcionados e mais intrigados isso já estava até tirando a concentração na escola. No dia seguinte foram ler aquelas palavras, ou melhor, olhar aquelas letras sem ligação e sem nexo que pareciam ser de outro mundo, estranho e sem intimidade com o nosso. Quando se encontravam ali bem distraídos e compenetrados, ouviram um zumbido diferente e que doeu profundamente em seus ouvidos, e quando olharam para os lados viram um ser estranho de mais ou menos três metros e um olhar penetrante e assustador. Logo perguntaram a ele de onde vinha e o que queria dizer aquelas letras estranhas, e a sua presença naquele lugar. Era alguém que não fazia parte do nosso planeta com certeza. Ele dizia que estava estudando junto com sua gente o nosso eco sistema e o que o nosso planeta poderia fazer para superar os problemas ecológicos existentes nele. Ficamos assustados e mal podíamos acreditar no que víamos. Um ser de outro planeta dentro da nossa casa? Como isso foi possível? Como aconteceu? Porque tanta preocupação em sarar a nossa terra? Em colocar as coisas em seus devidos lugares? Isso era um sonho ou estava vivendo a realidade? Vimos aquele ser fazer coisas incríveis de onde ele estava e através de seus livros e daquelas palavras sem sentido para nós, ele tirava soluções que a nossa raça sempre procurou ou pelo menos sempre disse que procurou e nunca conseguiu encontrar, não precisava nem sair do lugar para organizar a bagunça geral da nossa “casa”, os desmatamentos foram extintos, os animais foram premiados com o respeito dos homens, a Amazônia deixou de ter sua fauna e flora destroçada pela ganância e interesse particular dos poderosos. Em questão de alguns minutos ele era capaz de solucionar problemas nossos como num passe de mágica. Até para o trânsito poluente do nosso mundo ele tinha a solução. Nós não podíamos acreditar e mal podíamos esperar para repassar pra alguém tudo aquilo que estávamos vivendo. Tudo isso poderia ser verdade, mas na realidade não é. Nunca vamos encontrar uma solução mágica para as nossas loucuras e necessidades que nós mesmos criamos através de passos errados que damos no mundo em que vivemos, nós somos os únicos responsáveis por nossa bagunça, portanto cabe a nós colocar ordem na nossa casa. Não precisamos de alguém com inteligência superior para isso. E assim foi concluída a redação de Catarina e seu irmão. Cumprindo com seus deveres escolares da sexta serie do ensino fundamental. Bons alunos como o ET de seu trabalho escolar. Cumprindo com suas pequenas tarefas para mais tarde serem incumbidos de outras maiores e quem sabe, cooperando na vida política, social e ambiental do país, excluindo de vez essa estória de ETS que vem solucionar nossos problemas fundamentais, colocando em nossas próprias mãos a saída para nossos próprios problemas. 

Thays Morgana - 306

SOMENTE EM UMA NOITE...

José à procura de uma nova namorada: não era muito exigente, mas tinha alguns critérios. Entrou num bar, onde havia bastante gente e algumas pessoas estavam dançando. Ficou no balcão até que viu uma mulher linda, sentada em uma mesa, acenando na direção dele. Não acreditou que seria com ele, parecia uma visão do paraíso, mas depois da insistência da moça, José foi se sentar com ela em um canto no fundo do bar, ela chamou o garçom e ofereceu uma bebida, José estranhou, há muito tempo uma mulher não o convidava para tomar algo, decidido resolveu aceitar embora nem soubesse o nome da bela mulher que acabara de conhecer. Conversaram durante toda a noite, dançaram, riram e nem perceberam o tempo passar quando notaram, o ultimo grupo de amigos saindo já pela porta dos fundos, como já havia bebido alguns drinks estava encorajado e decidiu convidá-la para dar uma volta na praça ali por perto, a noite estava fria, mas ainda conseguiam- se observar pessoas andando e conversando apesar da neblina que encobria uma bela fonte, em uma espécie de desenho abstrato. A mulher que já se descrevia muito cansada agradecendo pela noite ia se despedindo dizendo que teria muito trabalho na manha seguinte, José se ofereceu á levá-la em casa desde que não parecesse muito leviano de sua parte por terem acabado de se conhecer, ela recusou, e José já sem esperanças a deixou partir, vendo ela se distanciar aos poucos. 
Eram duas da manhã quando o telefone de José tocou, era do hospital onde trabalhava, estava chovendo muito forte naquela madrugada e fazia um frio intenso, levantou da cama ainda atordoado, se vestiu, entrou no carro deitou a cabeça sobre o volante, precisavam dele, precisava salvar vidas e ele precisava acordar, acredito eu que José não teve uma reação muito boa ao ver no corredor de entrada da sua casa a mulher da noite anterior com as roupas rasgadas a pele dilacerada que por uma espécie de lâmina bem afiada, sem qualquer atendimento, sozinho levou ela para dentro, o atendimento do hospital poderia ficar para um outro momento, deu alguns pontos nas feridas, foi onde reparou que os dois estavam completamente sozinhos. As luzes se apagaram por completo e ele estava só, com uma mulher que acabara de conhecer e que havia sofrido um estranho atentado, foi então que ouviu um estalo, agudo, um tiro, sentiu seu corpo caindo, desfalecendo, as luzes voltaram a acender e a mulher agora estava sentada a sua frente se identificando, Laura, uma antiga amiga, seu primeiro crime, abusou da garota quando ela era mais nova e ele não se lembrava dela, ela havia jurado encontrá-lo e fazer justiça, José não conseguia pronunciar as palavras com clareza, mas deu a entender que ele se arrependia pelo que havia feito, salvava vidas em modo de arrependimento, se desculpava, chorava, a garota se afastou, com ar duro e frio deixou-o morrer. 
- Caramba José! Não vai acordar não? Tá chorando porque homem?_ disse sua mulher Laura. 
- Ainda bem que foi um sonho! 
- Quê? 
- Nada amor! Te amo viu?!

Letícia - 208

O segredo da porta

Os irmãos Catarina e Damião haviam encontrado uma estranha e pequena porta na parede do porão, mas sua mãe interrompeu a brincadeira chamando-os para se deitar. Tiveram de conter a curiosidade para o dia seguinte. Quase não conseguiram dormir, passava mil coisas pela cabeça de cada um, mas enfim pegaram no sono. No outro dia, chegando em casa depois da aula, foram direto ao porão descobrir o que havia naquela porta. Catarina como era mais levada e curiosa foi correndo na frente para chegar antes de Damião e ser a primeira a desvendar aquele mistério. 
Ao chegar mais perto da porta , algo surpreendeu Catarina. A porta não tinha maçaneta, como eles poderiam abri-lá? Essa pergunta não se calava na mente da pequena menina. Enquanto isso Damião observava de cima a baixo a porta , então se aproximou cada vez mais, ate que metade do seu corpo estava dentro da porta e a outra metade estava no porão. 
Catarina olhando aquela cena se animou e começou a pular de alegria dizendo: 
- Damião, anda logo, passa para o outro lado depressa, eu também quero ver o que tem ai. 
Damião estava com medo , mas sua irmã insistia tanto que ele resolveu definitivamente ir para o outro lado. Ao atravessar a porta Damião teve uma surpresa. O que será que era aquilo? Um sonho? Damião apreciava uma paisagem linda e cheia de vida. 
Aqueles irmãos nunca tinham visto algo do tipo ou parecido com aquele lugar, era surpreendente, parecia um paraíso, coelhos pulavam de um lado para outro, arvores gigantes e cheias de flores, borboletas de vários tipos e cores. Catarina pulava e cantava enquanto brincava com um gatinho, mas o foco de Damião era outro, algo bem longe chamava sua atenção. O garoto caminhava e se aproximava mais e mais daquela coisa estranha. Ao chegar bem pertinho notou um animalzinho cabisbaixo, triste. Damião o segurou-o no colo e sorriu. Aquele cachorrinho estava com a patinha machucada e Damião queria ajuda-lo de qualquer maneira. 
Andando com o pobre cachorrinho no colo, o menino se aproximou de sua irmã, colocou o animalzinho deitado na grama. Catarina observando o que Damião fazia decidiu ajuda-lo. Aquele garotinho pegou um pouco de agua da cachoeira e molhou a patinha do Bibil, nome que sua irmã deu ao cachorro. 
Bibil logo se animou , pois sua pata já não doía mais e ele podia correr novamente. Com um gesto de amor e gratidão, Bibil lambeu a bochecha de Damião. E a noite se aproximava e Damião estava preocupado, então chamou sua irmãzinha e se despediu daquele lugar como se fosse a ultima vez que estivesse lá. 

Ainara - 308

A Legião

Patrícia estava em uma festa na casa de amigos. A festa estava boa, mas já estava quase no fim e ela decidiu ir embora com uma amiga. Despediram-se de todos e foram caminhando para casa às 11 horas da noite. No caminho não havia muito gente, pois estava muito frio naquela noite. De repente veio um carro preto desgovernado, quase atropelou Patrícia, mas sua amiga Maria a puxou para a calçada, e então o carro seguiu. 
As duas garotas, muito assustadas, começaram a andar mais rápido, com medo do carro voltar, e foi o que aconteceu. Passaram-se 10 minutos e o carro voltou, só que desta vez ele parou ao lado das garotas, e dois homens encapuzados desceram e sequestraram as garotas. 
Patrícia e Maria acordaram e estavam amarradas nas cadeiras em que estavam sentadas, em uma sala que só tinha a claridade das velas que formavam um círculo. No centro do circulo tinha um pentagrama desenhado e em cada ponta do mesmo, tinha uma vela preta acesa. 
As meninas ficaram muito assustadas, mas não podiam gritar, pois estavam amordaçadas. Então, chegaram os dois sequestradores, um deles tinham nas mãos um livro e o outro tinha uma faca e um crucifixo. O que possuía o livro começou a ler, não era alguma língua que as meninas conheciam, era latim, então elas começaram a se olhar e tentavam se soltar da cadeira, tudo em vão. 
O homem que estava segurando a faca e o crucifixo, começou a andar em volta do circulo, e colocou o crucifixo em Patrícia. A partir daí as meninas começaram a entender, que aquilo era um tipo de ritual e que só uma sairia viva. 
O ritual escolheria a rainha das trevas, mas não poderia ser qualquer uma, ela deveria ser pura. A que o crucifixo foi colocado, era a escolhida, e a outra seria morta. 
De repente, o homem chegou atrás de Maria e disse: - “Boa sorte!” e lhe deu uma facada nas costas, Patrícia começou a chorar e tentar se soltar, mas não conseguia. 
O homem que estava lendo, colocou o livro no chão e foi em direção a Patrícia, enquanto o outro matava lentamente Maria. Segurou o rosto de Patrícia, e disse: -“ Bem vinda, você é a escolhida.’’ Ele fez um tipo de oração segurando a cabeça de Patrícia, e então ela parou de chorar e seu olho ficou completamente negro. 
Os homens a soltaram, e ela se levantou, olhou para Maria e disse: - “Se você não tivesse sido tão safada, estaria viva!”. 
Ela abriu a porta e saiu. Os homens foram atrás e ela foi visitando cada um dos convidados daquela festa. Matou todos os que assim como Maria, já não eram mais puros e os que eram como ela, Patrícia mandou os seus capangas, sequestrarem e fazerem o mesmo ritual. Ela estava construindo uma legião para batalhar no último dia de nossas vidas, o dia em que todos forem condenados.

Lizandra - 307

Nunca é tarde para o amor

Lucas à procura de uma nova namorada: não era muito exigente, mas tinha alguns critérios. Entrou num bar, onde havia bastante gente e algumas pessoas estavam dançando. Ficou no balcão até que viu uma mulher linda, sentada em uma mesa, acenando na direção dele. Não acreditou que seria com ele, parecia uma visão do paraíso, mas depois da insistência da moça, Lucas foi se sentar com ela. Quando chegou à mesa ela logo se levantou, abriu um belo sorriso e perguntou: “Não se lembra de mim não é?”. Silêncio. Ela olhou bem no fundo dos olhos de Lucas e disse: “Mariana do acampamento de férias, lembra?”. Neste momento os olhos de Lucas brilharam, pois Mariana havia sido seu primeiro amor, e depois de um abraço bem apertado Lucas disse: “Como você mudou.”. E Mariana retrucou: “Já você continua com a mesma carinha de menino sapeca.”. Risos. 
Lucas ficou maravilhado e surpreso com o reaparecimento de Mariana, e assim passaram horas naquele lugar contando como foram suas vidas a partir daquele acampamento de verão. Lucas teve uma única filha, e é divorciado. Mariana teve dois filhos, e é viúva. Depois de horas de conversa, Lucas levou Mariana ate a casa dela e pediu o seu telefone para marcar outras saídas para recuperar o tempo perdido. 
Se passou uma semana Lucas tomou iniciativa, ligou para Mariana e a chamou para sair, ela muito surpresa com o telefonema de Lucas disse: “Pensei que você não iria ligar!“. Encabulado ele respondeu: “Estava tomando coragem para te convidar.”. Risos. Mariana disse: “Então me busca as 20:00?!”. Lucas respondeu: “Sim, estarei ai. Até mais, beijo”. 
Lucas buscou Mariana e eles foram para um restaurante, depois de muita conversa, deram o primeiro beijo depois de anos. Após o beijo, ele olhou bem no fundo dos olhos de Mariana e disse: “Como estava querendo que esse momento se repetisse desde o verão no acampamento.”. Mariana com um sorriso tímido respondeu: “Apesar de ter se passado muitos anos, eu nunca te esqueci.”. 
Após vários encontros, Lucas e Mariana se casaram. Viveram os anos mais intensos, felizes e apaixonados de suas vidas. Os anos se passaram, e Mariana descobre ter uma doença grave. Passaram-se alguns meses e Mariana faleceu. Lucas entrou em depressão. Com o tempo e com a ajuda de sua família, se recuperou da depressão, e ficou com a mais linda lembrança de Mariana, o seu AMOR, de ter vivido intensamente um amor puro e verdadeiro.

Bruna - 207

A velha porta no porão

Os irmãos Catarina e Damião haviam encontrado uma estranha e pequena porta na parede do porão, mas sua mãe interrompeu a brincadeira chamando-os para se deitar... Tiveram de conter a curiosidade para o dia seguinte. Quase não conseguiram dormir. Passava mil coisas pela cabeça de cada um, mas enfim pegaram no sono. No outro dia, chegando em casa depois da aula, foram direto ao porão com muita vontade de saber o que havia atrás daquela porta que nunca tinham visto e seus pais nunca haviam comentado sobre ela, mas ao abrir aquela velha porta uma grande surpresa...Um mundo totalmente novo e desconhecido, deserto parecia não haver ninguém apenas árvores era um lugar bonito, que transportava uma grande paz, mas que lugar era aquele? 
Catarina assustada olhou para seu irmão e disse: Temos que voltar, mamãe irá sentir nossa falta. Damião ainda paralisado com o que via não respondeu Catarina apenas segurou sua mão e puxou-a de volta para o porão. Chegando em casa não conseguiam parar de pensar no haviam visto, sua mãe preocupada por nunca ter visto seus filhos tão quietos e pensativos, perguntou: Aconteceu alguma coisa crianças? E eles responderam: Não mamãe, está tudo bem, estamos apenas cansados de brincar. 
Logo depois sua mãe os chamou para almoçar e eles continuavam dispersos, só conseguiam pensar no que haviam visto e no que seria aquilo, uma cidade secreta? Um novo mundo? Sabiam apenas de uma coisa... Precisavam voltar lá e descobrir o que era. E foi o que fizeram terminaram o almoço e voltaram para o porão, então abriram novamente a porta e foram entrando naquele lugar desconhecido. Chegando lá notaram uma diferença tinhas pessoas naquele lugar, estava movimentado, mas não eram pessoas comuns eram anões. 
Catarina admirada olhou para o irmão Damião e disse: Existe uma cidade de anões dentro no nosso porão. Damião apenas a olhou e com a cabeça fez sinal dizendo que sim, quando recuperou a fala Damião perguntou: Como entraram aqui? Catarina percebendo o tom sarcástico do irmão foi caminhando em direção a um grupo de anões que estavam sentados em uma roda de amigos, assustados olhando para as duas crianças, um deles perguntou: Vocês não são daqui, são? 
Catarina então respondeu: Não... Quer dizer mais ou menos, moramos do outro lado daquela porta, e eles então olharam um para o outro e disseram: Então realmente existe outro mundo lá fora. Damião chegando mais perto deles disse: Desde quando moram aqui? O anão mais velho respondeu: Moro aqui a mais de 100 anos e meus pais também moravam aqui, Damião pensando alto disse: Não é possível existe um mundo dentro do nosso porão, os anões então começaram a entender o que estava acontecendo e convidaram Catarina e Damião paras se sentarem com eles. 
Ali ficaram por horas conversaram sobre tudo, sobre toda a curiosidade que tinham sobre o mundo alheio, mas Catarina interrompendo a conversa disse: Damião precisamos voltar, mamãe já deve estar preocupado conosco. Damião concordando com a irmã saiu da mesa e já ia em direção a porta que os levaria de volta para casa, quando um dos anões disse: Esperem, não podem contar para ninguém o que viram aqui, se contarem todos saberão de nossa existência e acabaram com nosso mundo, com nossa cidade pacífica. Catarina e Damião olharam um para o outro e disseram: Não precisam se preocupar o segredo de vocês estará muito seguro conosco, mas poderemos voltar? E eles disseram: Podem sim, serão muito bem vindos em nossa cidade, despedindo-se deles voltaram para o porão, chegando em casa sua mãe perguntou: Onde estavam? Procurei vocês por toda casa. E eles então responderam: Estávamos brincando no porão mamãe, estávamos apenas brincando.

Talita- 308

A Pomba-Gira

Marta havia se mudado com sua família para uma casa na periferia. A casa era bem antiga, mas era muito espaçosa, havia quartos que não iria usar e outros cômodos que nem havia entrado. Depois de terem colocado as coisas no lugar, todos foram para a cozinha, mas Marta decidiu dar uma olhada em um quarto que havia permanecido fechado. Era um quarto simples, a porta ficava em frente à janela e podia ver que a chuva não havia reduzido. 
Marta decidiu passar a noite naquele quarto, já que era o mais afastado dos outros, e ali ela poderia ter um pouco mais de sossego. Antes de dormir ela foi dar uma volta para conhecer a periferia sua mãe disse que era muito tarde, mais ela nunca se preocupou com isso, era uma menina que não aceitava a opinião de ninguém e simplesmente falou com sua mãe que não ficaria no mesmo lugar que ela já que estava naquela de casa que odiava. 
A rua estava muito escura e de longe Marta avistou um homem ela pensou ser alguém voltando do serviço, não acreditava em fantasmas. Porem ao apertar o passo para chegar mais perto do rapaz, ele apertou também, então ela pensou que poderia andar mais rápido que o tal homem mais pra sua surpresa ele também andava, ela parava e ele parava. Assustada com aquilo Marta pensou que não era algo normal e voltou a caminhar cada vez mais rápido. 
O rapaz não estava tão longe dela, assim, ela pensou: se eu correr eu o alcanço. Mais ao se aproximar de uma esquina, o rapaz que tinha a sombra de um corpo tao belo desapareceu. Marta chegou em casa assustada e decidiu não comentar nada com sua família já que ninguém acreditaria nela por ser uma adolescente tão mentirosa. 
No dia seguinte Marta passou o dia nervosa e preocupada com o que havia visto, e decidiu que voltaria naquela mesma rua a noite. Chegando em casa não deu satisfação a ninguém e logo saiu querendo saber quem era aquele homem que havia chamado tanto sua atenção, o rapaz apareceu no mesmo lugar e continuava a caminhar a sua frente, antes de desaparecer, Marta o gritou, ele parou em abaixou a cabeça, ela por sua vez foi correndo ao encontro do rapaz por quem estava tão curiosa, ela o alcançou e já foi logo encostando nele quando o encarou percebeu que seu rosto estava vazio e ele não tinha olhos somente buracos, ela o perguntou o que era aquilo e porque ele corria dela. Ele levantou a cabeça: 
- É você que vive tentando corromper os casamentos? 
Ela diz: 
- Sim, mais só aqueles que dão liberdade! 
- Então vim te buscar, eu sou aquele que age na sexualidade e na sua vida sexual eu uso da astucia eu sou debochado tudo que existe em você, eu não passo de um derrotado que faz da sua vida uma verdadeira frustração. Um sou o demônio da Pomba-gira!!

Isabella Correa - 308

O amigo

Chegando em casa, Túlio notou que a porta da sala estava entreaberta. Ele nunca deixou de verificar as portas e as janelas quando saía. Então, entrou bem devagar olhando tudo à sua volta. Na sala e na copa, parecia tudo normal. Continuou andando sempre com muita atenção. Quando chegou na cozinha... 
E notou que uma das gavetas do armário estava aberta, ele foi de encontro com a gaveta e percebeu que ali faltava uma faca. Assustado, Túlio decidiu ligar para seu melhor amigo Maicon, ao ligar Túlio ouve um celular tocar e percebe que era o som do celular de seu amigo. Túlio então foi andando ao encontro do som, e percebe que o som vinha de seu quarto, ao chegar na porta de seu quarto notou que o quarto estava muito escuro, pois, já era noite, então ele entrou em seu quarto e ao lado de sua cama o abajur se acendeu e Maicon estava ali, com a faca em sua mão. Maicon foi andando devagar e parou na frente de Túlio, e inesperadamente tentou apunhalar Túlio com a faca, Túlio o empurrou contra a parede e saiu correndo, mas antes de sair da casa ele escutou um grito vindo do banheiro, então ele foi até lá e viu sua amiga Nicole sentada no chão, toda machucada e com as mãos e pés amarrados. Túlio a desamarrou e a perguntou o que estava acontecendo, o que ela fazia ali em sua casa e amarrada no banheiro, Nicole apavorada começou a gaguejar e disse que tinha sido Maicon que a levou até ali, alegando que teria que matá-la por que Túlio poderia ter apenas um amigo e que ele não estava disposto a dividi-lo com ninguém. 
Nisso, eles escutaram passos vindo do quarto, no meio da escuridão que se encontrava a casa, perceberam que era Maicon, então ele chegou mais perto e da porta disse a Túlio que estava arrependido de ter tentado o machucar com a faca. Túlio então olha para seu amigo e diz que estava tudo bem, que era melhor deixar a Nicole ir, para que assim eles pudessem conversar, notando que Túlio estava mais preocupado com Nicole do que consigo mesmo, Maicon diz que não pode a deixar ir, e furioso tenta acertar ela com a faca, então Túlio acerta lhe um soco, Maicon deixa a faca cair e seu amigo então pego a faca, e manda ele se afastar de Nicole. Maicon olha e não acredita que seu melhor amigo está a defendendo e parte para cima de Túlio, mas Túlio o encurrala no canto do banheiro e coloca a faca em sua barriga. Transtornado, Maicon o olha de uma forma que mistura obsessão, magoa e ódio. Túlio o olha e diz que não consegue entender o porquê daquilo tudo, Maicon então diz que antes da chegada da Nicole tudo era diferente, era apenas os dois e mais ninguém, então, que se ele a matasse, tudo voltaria a ser como antes. Temendo pela a vida de Nicole e pela sua própria vida, Túlio olha para Maicon e disse que eles nunca foram amigos, porque a atitude de Maicon não era de amigo, mas sim de um inimigo. Maicon olha e diz que Túlio não teria coragem de fazer isso, então o empurra, e vai para cima de Nicole e começa a enforca lá com suas próprias mãos, vendo que não teria outro jeito, Túlio crava a faca nas costas de Maicon, ele cai sem vida. 
Túlio liga para a policia, e conta tudo o que aconteceu, Nicole olha para seu amigo e diz que tudo aquilo serviu para fortalecer mais a amizade dos dois, e que Maicon, seria apenas uma má lembrança.

Lorrany - 207

Perdido

Fernando estava em uma excursão com seus colegas da escola. Eles foram para a Serra do Rola-Moça, num sábado. Todos estavam se divertindo muito com a bela paisagem. Quando entraram numa trilha, Fernando ficou admirando as árvores e não percebeu que os colegas haviam continuado a andar. Quando se deu conta, estava perdido. Ficou desesperado e a primeira coisa em que pensou foi em pegar o celular, mas não havia sinal, então ele começou a andar para tentar achar alguém, mas não havia nem sinal dos seus amigos. 
Quanto mais ele andava mais sentia que estava perdido. Além de tomar cuidado com o rumo que estava seguindo tinha que ter muita atenção com o terreno que era muito acidentado e escorregadio. Fernando estava com muito medo, mas também um pouco aliviado, pois sabia que em determinado momento seus amigos sentiriam sua falta e o procurariam. 
A noite foi chegando e ele sabia que precisaria achar um abrigo para dormir ou então poderia ser atacado por algum animal. Ele tinha água e comida para passar a noite, mas sabia que não seria suficiente por muito tempo. Depois de andar por quase quatro horas achou uma espécie de gruta onde passou a noite, que foi uma das mais frias da sua vida. 
No dia seguinte, Fernando estava esperando o resgate com muita ansiedade, pois não saberia como iria sobreviver por mais uma noite naquele lugar. Ele continuou andando, mas ainda não conseguia achar sinal de civilização, foi quando decidiu subir para uma parte mais alta da serra para tentar se orientar, mas era difícil subir até lá já que ele estava cansado e com pouca água e o terreno era muito íngreme, mas ele não tinha outra escolha e subiu. 
A subida não foi fácil, quando ele chegou ao alto desse morro e olhou ao seu redor, se decepcionou muito, pois não conseguiu achar um caminho para seguir e tinha gastado muita energia e a água que ele tinha estava acabando. 
Fernando desceu e continuou andando para ver se encontrava um riacho ou cachoeira onde pudesse pegar um pouco d’água e se refrescar já que estava muito calor, enfim depois de algumas horas ele achou um pequeno riacho e conseguiu beber água e se refrescar. A noite chegava mais uma vez e ele já não sabia voltar para a gruta onde dormiu na primeira noite e ele não conseguiu achar outro lugar fechado como antes e teve que dormir ao relento. 
No dia seguinte, já cansado e sem energia, ele continua andando. Depois de andar por horas começou a se sentir tonto, com se fosse desmaiar, mas não para. De repente ele cai inconsciente e fica ali por quase 40 minutos. 
Na cidade seus amigos já haviam avisado a equipe dos bombeiros que já estavam à procura de Fernando com helicópteros e equipes por terra. 
Fernando acordou e sol era forte, então ele começou a ouvir um barulho ao longe, e o barulho foi ficando mais alto, era o helicóptero dos bombeiros, foi ai que ele viu sua salvação e começou a acenar e o helicóptero baixou e o resgatou, depois de três dias do inferno em que ele se encontrava. 

Sarah - 308

Amizade sem fim

João não tinha muitos amigos. Na verdade, só tinha colegas. E só os via na escola. Na sua rua, havia poucas crianças e de idades diferentes da dele. Para não se sentir muito sozinho, tinha um cachorro, seu fiel companheiro de todas as brincadeiras. Uma tarde, brincando com o cão perto do riacho, que ficava dentro de uma reserva florestal, que ficava há quase um quilômetro de sua casa, avistou um animal esquisito a uns cem metros. Resolveu chegar mais perto para observar. 
Parou a cerca de dez metros da criatura e constatou que era diferente de qualquer animal que já avia visto. A criatura estava comendo algo que João não conseguiu ver. Tinha mais ou menos 1 metro e 20 centímetros de altura, tinha um pelo cinza, tinha um corpo que parecia muito com um de um urso, possuía também uma cauda longa, e um par de chifres como os de um bode no auto da cabeça. 
Seu pequeno cachorro (chamado Portos) começou a latir e rosnar para a criatura, que se virou e olho no fundo dos olhos de João, que sentiu um terror tão grande como nunca havia sentido antes. O animal rugiu investiu contra João que estava paralisado pelo medo e não conseguiu fugir. Quando a criatura estava a cerca de 3 metros de João, Portos saltou contra a besta e mordeu uma de suas patas dianteiras, a besta rugiu novamente e derrubou Portos com sua outra pata. Portos soltou um uivo de dor, que acordou João de seu medo paralisante. João então começou a correr como nunca havia corrido antes, e não olhou para trás nem por um instante. 
Quando chegou em casa, não disse nenhuma palavra, apenas entrou em seu quarto, trancou a porta, se sentou no canto de sua cama e começou a chorar. Em sua cabeça só se passavam as ultimas imagens de seu único companheiro fiel, debaixo daquele monstro. 
Não saiu de seu quarto, nem falou com ninguém ate o outro dia. De manhã bem cedo quando o sol começou a nascer ele se levantou e caminho durante 20 minutos, ate a margem do riacho onde havia estado no dia anterior. Viu apenas algumas manchas vermelhas na grama. Seus olhos se encheram de lagrimas e sobre aquela mancha ele gritou “meu amigo me perdoe, mas eu te juro que serei um amigo tão leal e fiel como você comigo, e jamais deixarei um amigo só novamente”. 
João depois dessa data começou a conversar mais, e fez vários amigos e começou a gostar de uma garota de sua turma chamada Estefani. 
Cinco meses se passaram e ele finalmente chamou Estefani para sair. Os dois se divertiram muito naquela noite, e na volta para casa passaram dentro da reserva, pois era um local muito belo quando de repente uma criatura enorme surgiu em sua frente. A criatura olhou no fundo dos olhos de João, que na mesma hora reconheceu o olhar ameaçador, era a mesma criatura o que o havia atacado a cinco meses atrás. 
Ao olhar dentro dos olhos daquele monstro João teve medo, mas dessa vez o medo não o havia paralisado. Ele realmente temia a criatura, mas havia feito uma promessa que não iria quebrar. Estefani que nunca havia visto a criatura teve a mesma reação que João, no primeiro encontro com o monstro e ficou completamente paralisada de medo. 
A criatura então avançou contra Estefani, que não se moveu. João ainda com medo sentiu brotar no fundo de se coração a coragem para enfrentar a criatura. João segurou a criatura, mas foi derrubado (aquele animal tinha muita força), o animal colocou-se em cima de João, que não conseguiu sair preso debaixo da criatura. O monstro então abriu sua boca e foi em direção a cabeça de João, mas quando estava prestes a morte-lá, soltou um urro de dor e saiu de cima de João, que tirou de seu bolso um antigo canivete de seu avô e saltou em cima de criatura e enfiou seu canivete nas costas do animal que urrando de dor saiu correndo de volta para o meio das arvores. 
João então se levantou do chão e explodiu de alegria. Em sua frente estava parado Portos, seu cachorro. Portos muito alegre foi na direção dele e o derrubou no chão novamente, lambendo seu rosto e pulando de alegria. Quando Estefani finalmente saiu de sua paralisia abraçou João chorando e agradecendo por ter salvado sua vida. 
João contou a ela tudo que havia acontecido, ela então o elogiou por sua coragem agradeceu por ter salvado sua vida novamente. Ele e Portos acompanharam Estefani ate em casa e antes de entrar, o beijou, agradeceu mais uma vez e entrou. 
João então voltou para casa e pensando como Portos havia sobrevivido todo esse tempo, e se ele teria que enfrentar novamente aquele monstro. Mas estava muito feliz por todas as mudanças que aconteceram em sua vida 

Glaydston - 208

Um outro mundo

Marta havia se mudado com sua família para uma casa na periferia. A casa era bem antiga, mas era muito espaçosa, havia quartos que não iria usar e outros cômodos que nem havia entrado. Depois de terem colocado as coisas no lugar, todos foram para a cozinha, mas Marta decidiu dar uma olhada em um quarto que havia permanecido fechado. Ela pediu a chave do quarto aos seus pais e eles perguntaram: 
- o que você vai fazer lá? 
Ela logo respondeu: 
- vou dar uma olhada na nossa nova casa? 
Então os pais de Marta á entregaram a chave. Sem demora ela correu para ir ao quarto, quando ela abriu a porta bateu um vento frio no quarto e o que ela achou mais estranho foi o quarto não haver janela alguma. 
O quarto estava vazio, mas tinha uma cortina enorme e preta na parede de frente para porta, ela ficou curiosa para saber o que tinha atrás desta cortina mas sua mãe a chamou para almoçar, então ela saiu do quarto. 
Depois de almoçar Marta foi brincar com seus três irmãos no quintal da casa, Maria, Isaque e Davi. Eles brincavam de bola até que Marta se lembrou do quarto e foi lá, seus irmãos não quiseram ir, então ela foi sozinha. Ela subia as escadas e foi no quarto, quando entrou ela sentiu aquela ventania novamente e a porta fechou, ela ficou assustada, mas sua curiosidade era tanta que não á impediu de seguir. Ela puxou a cortina que estava na parede, e estranhamente havia um espelho atrás da cortina, um espelho grande, envolta desse espelho havia barras que pareciam ouro Marta ficou encantada com espelho e resolveu toca-lo, ela foi com as mãos lentamente encostar o espelho quando ela arrostou seus dedos no espelho, eles passaram para o outro lado, Marta deu um pulo de susto e saiu correndo, estava com muito medo mas criou coragem para voltar, voltou e tocou novamente no espelho mas desta vez com mais força então o seu braço passou totalmente pelo espelho, ela ficou encantada com aquilo e foi chamar seus irmãos. Ela disse á eles o que o ocorrido, mas eles não acreditaram então ela disse para eles irem lá ver e eles foram. Chegando lá eles viram o espelho envoltado por aquilo que parecia ouro e acharam bonito, mas queriam ver se o que Marta disse era mesmo verdade e foram logo tocar no espelho, então aconteceu à mesma coisa que aconteceu com Marta eles se assustaram e queriam ir chamar seus pais, mas Marta os repreendeu, dizendo: 
- calma gente, se o nosso braço entra nosso corpo também deve entrar. 
Eles ficaram com medo, mas toparam a ideia. Marta foi a primeira entrar com muita coragem ela foi e voltou dizendo que não havia perigo, então todos três entraram. 
Do outro lado do espelho havia um mundo totalmente diferente, uma floresta muito estranha com umas plantas que eles nunca haviam visto na vida, flores coloridas e árvores enormes com mais de 60 metros de alturas, e tinha aquelas também que eram minúsculas. Eles ficaram encantados com a floresta e foram dar uma espiada, andando e andando eles avistaram um macaco, Davi que era o mais velho tinha 12 anos de idade chamou o macaco para brincar com ela, e o macaco respondeu: 
- o que você quer? 
Eles deram um pulo de susto, e Marta disse: 
- você fala? 
Ele sem a menor educação disse: 
- não, que isso só sai alguns códigos da minha boca. O que vocês fazem aqui? 
- nós entramos em um espelho na nossa casa, muito estranho e bonito. Disse Maria. 
- já entendi vocês utilizaram o portal deste mundo para o outro, só crianças com uma imaginação imensa conseguem atravessar o portal. Disse o macaco. 
Isaque foi logo pedindo: 
-Você poderia nos mostrar a floresta? 
O macaco sem demora disse: 
- mas é claro tem muitas coisas para vocês verem. 
Eles andaram e andaram pela floresta, foram no jardim dos doces e comeram doces que neles nunca viram na vida, foram na lagoa e nadaram muito com as sereias, subiram em árvores e se divertiram muito. Na floresta não havia noite todo tempo era dia e eles não perceberam que o tempo estava passando, então Davi lembrou: 
- nós precisamos ir embora nossos pais devem estar muito preocupados. 
Marta logo foi dizendo: 
- mas eu não quero ir embora, aqui é muito legal. 
Então Davi disse: 
- mas nós temos que ir Maria, não podemos deixar nossos pais preocupados. 
O macaco então disse: 
- uma vez que uma criança vem neste mundo ela nuca mais pode voltar, vocês querem mesmo ir? 
- querer não, mas não temos que ir. Nossos pais estão na nossa casa. 
Então o macaco levou as crianças até o portal de volta ao mundo deles, e Maria perguntou: 
- você não pode ir conosco? 
- não, não posso. Nenhum animal deste mundo passa para o mundo de lá, eu sinto muito. Respondeu o macaco. 
- nós vamos sentir falta daqui. Afirmou Maria. 
- adeus seu macaco. Disse os quatro. 
Com um abraço forte o macaco disse adeus e eles atravessaram o portal. Quando os quatro atravessaram o espelho se quebrou e desapareceu, seus pais ouviram o barulho, a casa estava cheia de pessoas e policias porque na terra já se havia passado quatro dias, rapidamente eles subiram a escada e seus filhos estavam deitados no chão, eles correram e deram um abraço muito forte nos seus filhos e perguntaram: 
- onde vocês estavam vocês nos deixaram loucos de preocupação? 
Então Marta respondeu: 
- se contássemos vocês não iriam acreditar.

Fernando - 308

As aventuras de Jack e Clair

Jack e Clair estavam brincando na rua de baixo da casa deles, quando avistaram uma casa abandonada tampada por arvores, aonde ninguém havia percebido ali, com uma parte do muro derrubada. Essa casa era muito grande e com uma arquitetura bem antiga e encantadora. Curiosos, entraram no lote para verem mais de perto. 
A casa pertencia a um senhor falecido ha muitos anos. Sua construção, que datava de mais de século e meio. 
Jack e Clair foram andando em direção à porta da casa, quando um barulho muito estranho surge e eles se assustam e saram correndo em direção a rua. Com muito medo, decidem não voltar lá mais. Mas com o passar do tempo e eles crescendo, perderam um pouco de medo e combinaram de irem lá novamente. 
A noite da ultima sexta feira do ano, eles resolveram ir a tal casa abandonada. Clair pegou no braço de Jack e foi correndo para a casa. Quando chegaram a frente da casa abandonada, ouviram o sino da igreja de Lourdes dar pausadamente doze badaladas, que ficaram vibrando no ar, aterradoras: meia-noite! Fazia muito frio e ela reparou que ele tremia tanto quanto ela, mas ainda assim levaram em frente sua aventura. 
Não foi difícil transpor o portão: um ligeiro empurrão e ele se abriram, devagar, rinchando não dobradiças. Foram avançando por entre o mato do jardim. Alguma coisa deslizou junto aos seus pés – um rato, certamente, ou mesmo um lagarto. Engoliram secos e prosseguiram a caminhada. 
Ao chegarem à varanda da casa, ficaram discutindo quem iria entrar primeiro, se ia apenas um e o outro esperava, ou se iam os dois. Depois de muito discutirem resolveram entrar os dois juntos. 
Subiram os degraus de pedra em plena escuridão e ficaram avistando as paredes à procura da porta. Tinham trazido com eles uma caixa de fósforos e uma vela, mas não era prudente acendê-la ali: poderíamos chamar a atenção de alguém na rua, algum guarda noturno rondando por lá, ou ate algum animal.
Encontraram uma porta e tentaram forçar o trinco. Estava trancada por dentro, não houve jeito de abrir. Era tão fraca e a madeira parecia podre, eles seriam capazes de arrombar com apenas um chute, só que faria muito barulho. Preferiram forçar uma janela que dava também para a varanda. Era só quebrar o vidro, meter a mão e puxar o trinco.
Jack Tirou o sapato e bateu fortemente com o salto no vidro, que se espatifou num tremendo ruído. Assustados, ouviram cachorros latindo no jardim, por sua vez assustados tanto, quanto na sua primeira vez á casa.
Como não aconteceu nada, ao fim de algum tempo resolvemos continuar a nossa aventura. Aberta a janela, eu Jack fui o primeiro a pular. Depois ajudei a Clair a entrar também. Só então já dentro da casa, nos arriscamos acender a vela.
Era uma sala grande. Onde não tinha nada, a não serem poeiras e manchas de mofo pelas paredes forradas de papel estampado. A chama da vela, trêmula, projetava sombra que se mexiam, Pelos cantos, ameaçadoras, enquanto avançávamos.
Em pouco vimos ali embaixo só havia uma cozinha, onde várias baratas fugiram correndo pelo chão de ladrilhos encardidos, um quartinho e outra sala com janelões dando para a rua. Mais nada.
Restava subir as escadas e investigar o que havia nos quartos lá em cima.
Subimos devagarinho, eu na frente conduzindo a vela, e a Clair se agarrando na minha blusa. Procurávamos não fazer barulho, mas os degraus de madeira da escada, já meio podres, rinchavam, dando estalinhos debaixo de nossos pés.
No segundo andar, empurramos a porta do primeiro quarto no corredor e entramos. Era um quarto grande, mas a vela não dava para ver nada, a não ser a nossa própria sombra projetada na parede. 
Foi quando, de súbito, a luz acendeu e tudo se iluminou.
No primeiro instante ficamos deslumbrados com aquela claridade e nós voltamos para ver quem tinha acendido a luz. Soltamos juntos uns gritos de pavor – parado junto à porta estava um velho horrendo, alto, barba suja, cabelos desgrenhados, a nos olhar, mãos na cintura.
- Que é que vocês dois estão fazendo aqui? Quem são vocês? 
Assustados sem terem reação, Clair tomou coragem e decidiu responder a pergunta do velho senhor. 
-me desculpe, achamos que não havia nenhum morador aqui e decidimos entrar pra podermos ver o que havia aqui. 
O velho também muito assustado resolveu passar confiança para os dois meninos. Logo os meninos se acalmaram e perderam um pouco de medo. O velho resolveu contar um pouco o que lhe havia acontecido. 
-após minha falecida ter morrida afogada, eu voltei pra casa e decidi que nunca mais sairia de casa, preferi ficar quieto aqui mesmo, pois se eu aparecesse com certeza me acusariam de ter o dedo nisto, pois fiquei com muito medo de tela perdido e muito chateado. Senti-me estranho e fiquei com muito medo. Pensando “as pessoas irão olhar pra min e vão pensar o que?”. 
Os meninos assustados com o pensamento do velho senhor, resolveram explicar o acontecido. 
- Senhor, o culpado não foi o senhor. Ela morreu, pois bateu com a cabeça numa pedra após ter pulado do barco. Não precisa ter medo senhor. E eles pensaram que você teria tentado salvar ela e morreu junto. 
Mas mesmo assim com muito medo o senhor ficou pensativo. 
Jack e Clair resolveram acalmar ele e prometeram não contarem nada para ninguém. Chamaram o velho para irem a um parque e o velho aceitou. Foram ao parque aonde o velho sentiu se divertiu muito e sentiu liberdade e resolveu sempre sair com os meninos. 
Mas o segredo sobre o falecido ainda continuaram entre eles ate nos dias de hoje. 
Para as outras pessoas a casa continua ali, abandonada e cheia de mistérios, assustando a todos os moradores daquela vizinhança que ainda não a conhecem.

Jean - 306

Terceira Lei de Newton

Célio estava à procura de uma nova namorada: não era muito exigente, mas tinha alguns critérios. Entrou num bar, onde havia bastante gente e algumas pessoas estavam dançando. Ficou no balcão até que viu uma garota linda, sentada em uma mesa, acenando na direção dele. Não acreditou que seria com ele, parecia uma visão do paraíso, mas depois da insistência da moça, Célio foi se sentar com ela. 
-Olá, _ ela disse. 
-Olá tudo bem? _Ele respondeu. 
-Sim, melhor agora. 
-Porque? 
-Pensei que você não viria falar comigo. 
-Mas uma moça tão bela me chamando, por que razão eu não viria? 
Ela permaneceu em silêncio. 
Célio não estava entendendo aquela situação, por que essa garota iria querer falar com ele no meio de todos aqueles rapazes? Tudo bem, a companhia da moça lhe agradava. Ela era um tanto familiar mas ao mesmo tempo diferente, diferente de um jeito bom. Usava um vestido justo de um tom vermelho vivo, seus olhos grandes e castanhos brilhavam sob a pouca luz amarelada do ambiente, tinha os cabelos negros e longos, com cachinhos delicados. Sua boca pequena delineada por um batom brilhante era tentadora. Ela estava linda. Ele queria se aproximar mais dela. 
Ela segurava um drink na mão, Vodka com limão? Talvez. 
-Você ainda não me disse seu nome. Célio observou. 
E a moça que a segundos atrás pedia a atenção dele já estava com o olhar perdido ao longe, nem se dava conta que Célio continuava sentado na sua mesa, ela voltou o olhar na direção dele e com indignação respondeu: 
-Eu não acredito que já esqueceu meu nome. 
-Não custa nada você refrescar minha memória, de onde nos conhecemos? 
-Sinceramente, eu esperava mais de você. Disse ela com desdém 
Célio já estava ficando realmente irritado com ela, não lhe dizia o nome, não se lembrava de onde conhecia e ele estava ali, perdendo tempo com aquela mulher que nem se quer estava preocupada com ele, não lhe dava o mínimo de atenção. Poderia levantar deixar ela com todo aquele orgulho na mesa e sair pra conversar com qualquer mulher ali dentro, o tempo quente levou bastante gente a rua aquela noite, o bar estava lotado e ele conseguia perceber umas garotas na outra mesa tentando chamar sua atenção. Mas ele queria ela, queria ver ela melhor, queria se lembrar dela. Ele queria tirar ela do bar. 
-Então, meu bem me desculpa por não me lembrar de você, será que a gente poderia sair um pouco pra conversar melhor? 
E para sua surpresa ela disse: 
-Claro. 
Ele pagou o drink dela, e a seguiu em direção a porta. 
Ela pisava forte em cima de um salto alto fazendo aquele "trec trec" característico e andava com passos rápidos, mas que Célio conseguia facilmente acompanhar. Andaram assim até o final da rua, onde já podiam se ver melhor sob a luz de um poste, as ruas estavam cheias mais era mais fácil pra ele perceber os detalhes do rosto da moça melhor. Realmente ele já a conhecia de algum lugar. 
-Bia? Indagou ele. 
-O que? Respondeu ela irritada. 
-Eu não acredito que é você mesmo, como esperava que eu te reconhecesse no meio daquela confusão? _Ele sorriu. 
-Eu sou a mesma garota que você sempre conheceu Célio. Disse ela com calma. 
-Não, não é não. Fala sério.. Eu quase não acreditei que era você mesmo. Dizia ele sorrindo naturalmente. 
-Eu não te entendo Célio, cadê a graça? 
-Você está muito gata, disse ele ainda sorrindo. 
-Eu não sei se isso é um elogio ou uma ofensa. Respondeu ela irritada. 
Ela não era assim, por que motivo resolveu sair de casa aquela noite? Nem ela sabia explicar porque foi parar sozinha naquela mesa de bar. Talvez só queria se divertir, encontrar um cara legal, agradável ou só conversar um pouco. Bia não queria admitir que saiu de casa só para encontrá-lo. 
-Pode ter certeza que é um elogio. _Ele disse se aproximando mais dela. 
Ela deu um passo atrás. 
-Não vem com essa história de novo não, não preciso das suas histórias. 
Ele sorriu calmamente. 
-Ok Bianca, eu sei que você adora tornar as coisas mais difíceis. 
-E eu sei o que você ta fazendo. _Disse ela. 
-Sabe? _Perguntou ele. 
-Sim. _Disse ela com convicção. 
-O que então? 
-Eu não vou ficar aqui explicando o óbvio. 
-Ok. _Ele concordou mais uma vez com ela. 
Ele suspirou e tirou o celular do bolso. 
-Já são quase meia noite vamos ficar até de manhã aqui? 
-Você que sabe. _Disse ela com indiferença 
E mais uma vez eles estavam discutindo. 
-Só para aproveitar a oportunidade, o que você quer de mim? _Ela perguntou 
-Bia, Bia, Bia... Onde foi que eu errei com você mulher? 
-Quer mesmo saber? _Perguntou ela. 
-Lógico. _ Respondeu ele 
-Eu vou embora. Ela disse já andando em direção a rua e dando sinal pro táxi, infelizmente ele não parou. Já estava ela com os olhos cheios de lágrimas. Ele odiava ter que assistir aquela cena. 
-Espera! _Disse ele mais alto do que era realmente necessário 
-Temos muito o que conversar. 
-Entende que eu ainda te quero Bianca, não me deixa aqui sozinho de novo. _Ele disse com calma. 
-Da última vez você sabe bem o que aconteceu Célio, eu tentei, eu juro que tentei. _Disse a moça 
-Você foi embora e me abandonou, acho que você não sabe o mal que me fez. Você era diferente Bia. Era uma menina doce e gentil agora eu nem te reconheço. 
-Eu era ingênua demais. 
Ele permaneceu em silêncio. Naquele momento passou por sua cabeça tudo o que fez com que chegassem naquele ponto. Parados na rua, a uma hora daquelas, numa situação um tanto que estranha. Revirando sentimentos que já tinham se acomodado, que deveriam ser esquecidos. Ele quase tinha esquecido. Ele entendeu que esquecer não significa ignorar uma chamada no telefone, e nem evitar encontros casuais como aquele. Ele tinha "esquecido" porque estava evitando esse encontro a anos. 
Eles se conheceram por acaso, se envolveram sem querer e de repente ela foi embora. Isso fez com que ele mudasse. Ele sentiu falta, sentiu saudade. E ela mudou tanto também. Tanto que ele não a reconheceu, nem fisicamente e nem por sua personalidade. Mesmo assim ele ainda enxergava aquela garota que ele tinha se encantado a um tempo atrás. Bia tinha outra atitude, outro cabelo, outro brilho nos olhos... até seu jeito de andar tinha mudado. E o pior que Célio gostava ainda mais dela. Finalmente ele disse: 
-Porque você foi embora? 
-Odeio essa coisa de eu te amo. Eu iria terminar como uma idiota implorando sua atenção. _ Ela respondeu 
-Você nem me deu oportunidade pra dizer que eu te amo. Eu ainda te amo Bia. _Disse ele se aproximando mais uma vez dela. 
-Tudo bem Célio, o que espera que eu faça agora? Que eu te abrace e diga que também te amo e fingir que o tempo não passou? Fingir que está tudo bem? _indagou ela. 
-Quero que você fique comigo, estou pedindo demais? 
-Não... 
-Então fica? 
Ela consentiu em silêncio. 
-Garota teimosa! Ele sorriu e deu a mão à ela e saíram andando em silêncio. Todo aquele tempo parecia não ter existido nesse momento. Eles estavam bem onde deveriam estar. Estavam continuando do ponto onde tinham parado. Talvez se não fosse assim não iria dar certo. Talvez realmente não desse certo. Mas já era um começo. Célio saiu a procura de uma namorada não imaginava que iria voltar com a sua namorada que tinha perdido, mas agora ela era dele novamente.

Agnes - 308

O site

Um dia, Saulo estava navegando pela internet, como sempre fazia à noite. Entre bate-papos com os amigos, estava fazendo uma pesquisa escolar. Pesquisando por vários sites relacionados com o assunto, se deparou com uma página muito estranha, que começou a interagir com ele. Saulo ficou alguns segundos hipnotizado. Ele nunca tinha visto um site do gênero, nunca que ele poderia imaginar que uma pesquisa de Biologia iria leva-lo pra uma página tão esquisita. Na verdade, Saulo ficou tão empolgado com a sua pesquisa que foi abrindo janelas, e links, e mais janelas... e quando percebeu já não estava pesquisando sobre Biologia. 
E ali estava ele analisando uma página que mais parecia com um mapa topográfico, cheio de pontos e círculos. Mas não era exatamente uma imagem. Tinha os círculos e semicírculos que permaneciam parados, mas aqueles pontinhos estavam se mexendo. O mais intrigante era que, normalmente, todas as páginas na web têm alguma coisa escrita descrevendo ela. Mas aquela página em especial não tinha nada. Apenas aquele desenho que se movimentava de vez em quando. 
Não tinha ninguém em casa naquela noite. Suzana, a irmã mais velha de Saulo havia saído para ir a uma festa com os amigos a pouco. A mãe de Saulo mal permanecia em casa, sempre que chegava já estava de saída. Ele era acostumado a ficar sozinho, conversando com os amigos no computador. 
Foi então que ele se lembrou de perguntar pro seu amigo Marcelo o que era aquilo. Marcelo era um pouco mais velho que Saulo e eles tinham o costume de virar a noite jogando games de RPG on-line, e Saulo tinha uma grande admiração por Marcelo porque ele realmente era um cara muito inteligente e que sabia responder quase qualquer pergunta dele. Saulo via seu amigo mais como um irmão do que como um amigo virtual. 
-Marcelo? _chamou Saulo pelo bate-papo. 
-oi. _respondeu Marcelo. 
-Você já viu uma página como essa na web? Ele enviou um link com a url da pagina. 
-Espera um pouco ai cara, tenho que terminar uma paradinha aqui. _Digitou Marcelo 
-ok. _teclou Saulo. 
Saulo ainda estava parado tentando entender do que se tratava aquilo, um mapa? Será que era um tipo de game novo? O pior é que ele não conseguia interagir com aquilo, não conseguia clicar, nem salvar, nem visualizar melhor. Parecia que era uma pagina em código para alguém decifrar. 
-Cara _chamou Marcelo 
-Então? _ Perguntou Saulo 
-Me parece que é aqueles mapas que eles usam nas torres aéreas nos aeroportos. 
-Você já viu um? _Perguntou Saulo 
-rsrs, longa história cara... O que você estava procurando quando encontrou isso? 
-Estava fazendo meu trabalho de Biologia. _Respondeu Saulo. 
-Estranho, muito, muito estranho. Já percebeu que tem uns números bem pequenininhos aqui em cima? Parecem coordenadas. _Digitou Marcelo. 
-Coordenadas? o que é isso irmão? _Perguntou Saulo. 
-Latitude e Longitude sabe? _Digitou Marcelo 
-Acho que já vi isso em Geografia. 
-rsrs _teclou Marcelo. 
Então já estava ficando tarde. Saulo já estava cansado, aquilo realmente parecia ser alguma coisa relacionada com aviões, coordenadas... Já estava muito tarde e Saulo ainda não tinha terminado seu trabalho de Biologia. Ele pesquisava e o sono o dominava. Aos poucos aquela preocupação com o "mapa" ia desaparecendo. Saulo terminou seu trabalho e foi dormir. Amanhã ele pensaria melhor naquilo tudo. Amanhã ele faria outra pesquisa. Mas naquele momento, o que ele realmente precisava saber já estava ali. Seu trabalho de Biologia estava pronto e cedinho tinha aula. Amanhã eu resolvo isso, pensou consigo mesmo. Adormeceu.

Celso - 308

O segredo da casa abandonada

Sérgio e Marlon estavam brincando na rua de baixo da casa deles, quando avistaram uma casa abandonada, com uma parte do muro derrubada. Essa casa era muito grande e com uma arquitetura bem antiga. Curiosos, entraram no lote para verem mais de perto, olharam pela janela e vê lá dentro um homem vestido um jaleco branco sentado próximo de uma enorme caixa de madeira, o que despertou a curiosidade dos garotos. Vagarosamente caminharam até a porta e bateram, o homem abre a porta e se surpreende com a visita dos garotos e pergunta: o que fazem aqui? Sérgio ainda com pouco medo responde: vimos o lote abandonado e entramos para brinca, só que olhamos pela janela e o vimos uma enorme caixa de madeira e ficamos curiosos, o que e? O Homem com muita educação os convida para entra, lá dentro o homem se identifica: meu nome é Tuck, e o seus? Os garotos mais aliviados dizem seus nomes. 
Os garotos ainda muito curiosos perguntam novamente sobre a caixa. O homem pede para se assentarem, e começa a falar sobre a enorme caixa que despertou a curiosidade dos garotos. Dentro dessa caixa tem uma maquina que serve para fazer seres humanos em miniaturas. Marlon ainda mais curioso, pergunta: miniaturas? Tuck responde: sim, miniaturas do tamanho de bonecos. O homem ainda diz que a maquina foi criada a centenas de anos por seus avós, e que ate hoje nunca foi utilizada. Tuck vendo o grande interesse dos garotos os convida para testar a maquina. Sem saber da grande capacidade da maquina Marlon e Sérgio corajosamente aceitam o convite de Tuck. Rapidamente Tuck abre a caixa liga a maquina, e começa a se preparar para o teste. Quando os garotos veem a maquina ficam encantados com a sua beleza, ligeiramente se apressam e vão em direção a maquina. 
Tuck pergunta aos garotos se realmente eles querem fazer o teste. Os garotos sem duvida nenhuma logo responde: Sim, queremos e agora! Tuck os pede para se assentarem em dois bancos, começa uma contagem regressiva e mira uma espécie de laser contra os garotos. Ao final da contagem um raio de luz toma a casa, logo Sérgio e Marlon viram miniaturas. Tuck ao ver o resultado da experiência com os garotos fica encantado com o poder da maquina. Os garotos agora do tamanho de bonecos, andam por toda a casa e se divertem fazendo coisas que com tamanho natural não podiam ser feitas. 
O dia foi acabando e Tuck diz aos meninos que teria que reverter o que tinha feito, fazendo com que eles voltassem ao tamanho natural. Os meninos, claro não gostaram muito da ideia, mas sabiam que era preciso fazer isso. Sentaram novamente nos bancos, aguardaram a contagem de Tuck e viram novamente um raio de luz por toda a casa, num pisca de olhos, Marlon e Sérgio voltam aos seus tamanhos naturais. Os garotos muito felizes agradecem a Tuck. O homem pede segredo aos garotos dizendo que ninguém poderia saber dessa maquina, Sérgio e Marlon prometem a Tuck que ninguém além deles iria saber dessa espetacular maquina. Os garotos vão embora da casa de Tuck muito felizes. Quando chegam em suas casas, a mãe de Sérgio e Marlon os perguntam onde estiveram todo o dia. Sabendo que prometeram a Tuck segredo absoluto, os garotos mentem dizendo que estavam jogando bola. A mãe mais aliviada pede a eles para tomarem e irem dormir. Os garotos obedecem ao pedido da mãe e vão dormir. Mas antes ficam na janela por horas, só observando o movimento na casa abandonada. Depois de um dia de grandes emoções para os garotos, eles deitam e vão dormir. 

Warley - 307

Maldito lar

Patrícia estava em uma festa na casa de amigos. A festa estava boa, mas já estava quase no fim e ela decidiu ir embora com uma amiga. Despediram-se de todos e foram caminhando para casa às 11 horas da noite. No caminho não havia muito gente, pois estava muito frio naquela noite. Passando entre ruas e mais ruas, foram ficando cada vez mais nervosas e querendo chegar logo em casa. Quando sua amiga Bruna resolve entrar numa velha casa abandonada pra fechar a noite. Patrícia estava com medo, mas ela insistia que não tinha nada. 
Pouco antes de entrarem na casa, Bruna manda uma mensagem para seu irmão dizendo que já estava quase chegando em casa, mas que resolveu dar uma passada numa casa que ficava a uns 4 quarteirões, para se divertir. Patrícia insistia encarecidamente que Bruna não entrasse na casa, mas não teve jeito, ela puxou a Bruna pela mão e empurrou a velha porta de madeira, cheia de ferrugem. 
Ao entrarem na casa, Viram muita poeira, teias de aranha, um cabide com um chapéu e várias fotos. Na entrada havia uma sala bem grande com uma escada que dava para o segundo andar. Bruna, que tinha bebido um pouco mais do que sua amiga, subiu para ver o que tinha lá. Havia um corredor grande, cheio de portas. Umas davam para uns quartos, outras para banheiros, e lá no fundo havia uma sala de música. 
O que mais assustou as meninas foi que a sala de música estava intacta, limpa, sem nenhum arranhão sequer no piano ou nos violinos. Patrícia gostou do clima da casa e começou a vasculhar, encontrou um álbum de fotos em um dos quartos de hóspedes. O álbum tinha fotografias borradas como se alguém tivesse tirado a foto tremendo. 
Quando elas já estavam indo embora, o piano começa a tocar sozinho, Patrícia já morrendo de medo, sai correndo para baixo, mas a porta está trancada. Quando tenta se acalmar pensando em outra saída, Patrícia houve o grito de Bruna e sobe correndo. 
Quando Patrícia chega só encontra o celular de Bruna, ela o pega e liga para Jefferson, o irmão de Bruna. Mas na ligação nada se escutou. Jefferson achando estranho, vai até o lugar onde sua irmã disse que estaria. 
Patrícia encontra um velho lampião, e o liga para procurar outra saída. Desce até o porão, quando chega lá, se depara com um vulto estranho, em formato de uma pessoa de terno, se assusta e sai correndo, entra no banheiro e se tranca, tentando falar desesperadamente com Jefferson. 
Jefferson que acha o local, sem saber, entra na casa e grita o nome de Patrícia e de Bruna, mas ninguém responde. Pega sua lanterna e começa a procurar a fundo por sua irmã e sua amiga. Não encontrando no segundo andar, desce ao porão, então, sua lanterna para de funcionar. Ele cai e desmaia. 
O que há de errado com essa casa? Onde estão Patrícia e Bruna? E agora?

Gustavo Henrique - 207

O retorno


Chegando em casa, Túlio notou que a porta da sala estava entreaberta. Ele nunca deixou de verificar as portas e as janelas quando saía. Então, entrou bem devagar olhando tudo à sua volta. Na sala e na copa, parecia tudo normal. Continuou andando sempre com muita atenção. Quando chegou na cozinha ele levou um tremendo susto, se deparou com seu irmão recém chegado de Portugal que já não via a anos. 
Ao ver o seu irmão, Túlio num misto de espanto e saudade lhe deu um forte abraço e disse: 
- Meu querido irmão quanto tempo. 
E seu irmão Pedro respondeu: 
- Túlio vim passar um tempo com você, não tenho onde ficar. 
Túlio sem pensar duas vezes abrigou-o em sua casa, que não tinha lá muito conforto mais era o que ele podia oferecer naquele momento. 
Mas com o passar do tempo as coisas foram apertando e Túlio não aguentava mais dar conta de tudo sozinho já que seu irmão Pedro só pensava em tocar o seu violão. 
Um dia Túlio cansado de bancar tudo sozinho chamou o seu irmão e disse: 
- Pedro não dá mais, você vai ter que arrumar um emprego! 
E com um semblante muito feliz Pedro respondeu: 
- Túlio já consegui um emprego, vou tocar anoite no bar da esquina. 
Túlio não muito contente concordou , já que naquele momento todo dinheiro era bem vindo. 
E o tempo foi passando e Pedro ficando mais conhecido na cidade e ganhando um bom dinheiro. Os irmãos resolveram montar um estúdio , ter um selo independente pra que não precisassem de ajuda de ninguém e deram o nome a esse estúdio de “ Comando Selva”. 
Com isso Pedro gravou o seu primeiro CD é por onde ele passava pra fazer seus shows vendia os CDs de mão em mão, Túlio empolgado com o progresso do irmão pediu demissão e se dedicou a carreira de Pedro em tempo integral. 
Um belo dia Pedro recebe um telefonema da produção de um programa muito famoso convidando-o para se apresentar lá no dia seguinte, ele quase não acreditou ,muito nervoso correu para dar a noticia para o seu irmão Túlio que o acalmou. 
No dia seguinte Pedro se apresentou nesse programa de TV e foi muito bem recebido por todos, dai pra frente ele não parou mais saiu do anonimato e passou a ser conhecido. Com o lançamento do seu segundo CD que por sinal foi um sucesso, Pedro ganhou muito dinheiro que proporcionou a ele juntar toda a sua família. Trouxe seus familiares de Portugal para o Brasil que eles já não se viam a um bom tempo. Túlio virou o seu empresário e cuidava de toda a sua carreira. 
Hoje em dia ao reunir toda o família Túlio e Pedro se emocionam em contar todas as suas historias com muito orgulho e satisfação por terem passado por muitas dificuldades quando mais jovens, mais vencerem na vida. 

Yago - 307