sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Toma que o pepino é seu!!

Os irmãos Catarina e Damião haviam encontrado uma estranha e pequena porta na parede do porão, mas sua mãe interrompeu a brincadeira chamando-os para se deitar... tiveram de conter a curiosidade para o dia seguinte. Quase não conseguiram dormir. Passava mil coisas pela cabeça de cada um, mas enfim pegaram no sono. No outro dia, chegando em casa depois da aula, foram direto ao porão. 
Catarina, sempre comedida, pediu ao irmão que não os entregasse à mãe com seu olhar ansioso para descobrir o que havia naquele lugar. Damião era impaciente e impulsivo e mal conseguia se conter tamanha sua curiosidade. Os dois almoçaram apressadamente e deram logo jeito de escaparem da sala para iniciarem suas descobertas. Há muito tempo aquela porta estava ali, como não perceberam antes? Deram um jeito de entrar e se depararam com uma escuridão assustadora. Tentaram enxergar alguma coisa, mas foi impossível. Saíram de lá decepcionados e frustrados, mas não desanimados com os seus planos. No outro dia seguiram suas rotinas e chegando novamente em casa, foram para suas descobertas bem equipados. Levaram lanternas, velas, celulares, enfim, tudo que pudesse cooperar com eles para que enxergasse pelo menos um palmo diante dos seus narizes. Acionaram a lanterna e o que puderam ver foi uma grande biblioteca e grandes e grossos livros em estantes antigas, feitas de pesadas madeiras, o que hoje custaria uma fortuna. Foram em direção a eles e tentavam descobrir o seu conteúdo, o que foi impossível, tudo estava escrito num idioma ainda desconhecido pela humanidade. Damião ficou assustado e mais curioso ainda sem entender o que estava acontecendo naquele lugar. Saíram de lá ainda decepcionados e mais intrigados isso já estava até tirando a concentração na escola. No dia seguinte foram ler aquelas palavras, ou melhor, olhar aquelas letras sem ligação e sem nexo que pareciam ser de outro mundo, estranho e sem intimidade com o nosso. Quando se encontravam ali bem distraídos e compenetrados, ouviram um zumbido diferente e que doeu profundamente em seus ouvidos, e quando olharam para os lados viram um ser estranho de mais ou menos três metros e um olhar penetrante e assustador. Logo perguntaram a ele de onde vinha e o que queria dizer aquelas letras estranhas, e a sua presença naquele lugar. Era alguém que não fazia parte do nosso planeta com certeza. Ele dizia que estava estudando junto com sua gente o nosso eco sistema e o que o nosso planeta poderia fazer para superar os problemas ecológicos existentes nele. Ficamos assustados e mal podíamos acreditar no que víamos. Um ser de outro planeta dentro da nossa casa? Como isso foi possível? Como aconteceu? Porque tanta preocupação em sarar a nossa terra? Em colocar as coisas em seus devidos lugares? Isso era um sonho ou estava vivendo a realidade? Vimos aquele ser fazer coisas incríveis de onde ele estava e através de seus livros e daquelas palavras sem sentido para nós, ele tirava soluções que a nossa raça sempre procurou ou pelo menos sempre disse que procurou e nunca conseguiu encontrar, não precisava nem sair do lugar para organizar a bagunça geral da nossa “casa”, os desmatamentos foram extintos, os animais foram premiados com o respeito dos homens, a Amazônia deixou de ter sua fauna e flora destroçada pela ganância e interesse particular dos poderosos. Em questão de alguns minutos ele era capaz de solucionar problemas nossos como num passe de mágica. Até para o trânsito poluente do nosso mundo ele tinha a solução. Nós não podíamos acreditar e mal podíamos esperar para repassar pra alguém tudo aquilo que estávamos vivendo. Tudo isso poderia ser verdade, mas na realidade não é. Nunca vamos encontrar uma solução mágica para as nossas loucuras e necessidades que nós mesmos criamos através de passos errados que damos no mundo em que vivemos, nós somos os únicos responsáveis por nossa bagunça, portanto cabe a nós colocar ordem na nossa casa. Não precisamos de alguém com inteligência superior para isso. E assim foi concluída a redação de Catarina e seu irmão. Cumprindo com seus deveres escolares da sexta serie do ensino fundamental. Bons alunos como o ET de seu trabalho escolar. Cumprindo com suas pequenas tarefas para mais tarde serem incumbidos de outras maiores e quem sabe, cooperando na vida política, social e ambiental do país, excluindo de vez essa estória de ETS que vem solucionar nossos problemas fundamentais, colocando em nossas próprias mãos a saída para nossos próprios problemas. 

Thays Morgana - 306

2 comentários:

  1. Gostei, muito bem escrito com um enredo interessante... prendeu minha atenção na leitura, muito bem feito, Adorei.

    Agnes Maryane - 308

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  2. Wanderson da Cunha Turma 3065 de outubro de 2012 às 19:02

    Parabéns , ótimo texto , bem criativo .

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