sexta-feira, 28 de setembro de 2012

(Sem título)

Márcio estava brincando com o seu cachorro no sótão da sua nova casa, quando viu um baú muito antigo. Ressabiado, ficou olhando por um longo tempo. Tomou coragem e abriu o baú lentamente. Curiosamente, havia poucos objetos em relação ao seu tamanho. Mas, o que chamou mais atenção de Márcio, além daquela linda bússola, foi um pergaminho. Desenrolou aquele documento quando espantado leu o seguinte: 
Tudo começou no dia 22/01/2010 estava em casa, quando duas amigas me ligaram me chamando pra sair a noite, ótimo tinha vários compromissos, mas acabei desmarcando tudo pra ir. Cheguei do trabalho, tomei banho, e fui lá encontrar elas no parquinho abandonado. 
Chegando lá chamei pra irmos a casa de dois amigos mas elas não quiseram, e preferiram ir ate a velha casa abandonada. Então entramos na casa, o chão estava coberto por fezes de morcegos que ali habitaram, entramos no quarto da menina, sentamos na cama e começamos a conversar e beber pinga. Era mais ou menos 1 hora da manha quando o pai da Karyna gritou o nome dela na rua, ela foi embora com a Larissa, pois estavam juntas, eu já não tinha lugar nem horário pra voltar e a Driely também, então resolvemos ficar, dormir e voltar pra casa no outro dia. Nos escondemos e as duas se foram. 
Estávamos na cama quando o meu celular tocou era as meninas dizendo que um velho estava vigiando a casa, a gente desligou as luzes. E ficamos no escuro, nós sabíamos que a velha casa havia sido habitada por uma senhora, que era feiticeira, bruxa e fazia magia negra, mas não tínhamos mais como sair da casa. Os cachorros latiam o tempo todo e uivavam. 
Toda vez que olhávamos no relógio o tempo ainda estava lá paralisado, as coisas estralavam, escutamos o trinco mexer podia ser o velho, pegamos minha mochila e corremos pro banheiro que era depois da cozinha dentro de um pequeno corredor, o chão por onde passávamos estava coberto de fezes de morcegos, e descobrimos dois animais dentro da casa achamos estranhos porque não tinha nada quando entramos e depois havia dois cães em baixo da mesa, o caminho era iluminado pelo meu celular, entramos no banheiro e trancamos a porta, precisava ligar pra Karyna pra ela dar um jeito de buscar agente ali, mas o celular de repente sumiu toda rede de dentro do banheiro, dava pra ver a janela, mas quando eu levantei pra respirar, pois já estávamos sem ar, descobrimos que não existia janela lá, e não entendi o que era a luz que eu tinha visto, estava tudo cada vez mais escuro e a gente ali jogados no chão. 
Então ficamos durante alguns minutos dentro do banheiro, sentados só com uma blusa nos cobrindo pois estava muito frio lá dentro. Enquanto tentávamos ligar para a Karyna, escutávamos barulhos, passos, portas abrindo, os cachorros não paravam de latir, e o medo aumentava, cada vez mais a Driely tremia, o medo era muito e já não tinha mais nada que fizesse nos distrair. Estávamos mexendo no celular com a blusa em cima da cabeça, para tampar a iluminação do celular, para o banheiro não ficar claro, quando tiramos a blusa de cima da cabeça, vimos uma sombra na parede parecia ser uma mulher nos olhando, ficamos com medo e decidimos sair do banheiro e ir para o quarto, fomos novamente iluminando o chão para saber onde estávamos pisando. 
Chegando lá nós decidimos achar outro esconderijo, achamos melhor dentro do guarda roupa, mas quando estávamos deitados e descansando um pouco, escutamos barulho vindo da cozinha, barulho de coisas mexendo, os cachorros que ali estavam pareciam estar perturbados com algo, eles estavam inquietos, e pensamos que talvez era o velho e tentamos nos esconder, mas logo o barulho passou e ficou tudo normal. Novamente ficamos alguns minutos lá, mais ou menos uns 40 minutos mas o medo era muito, e os barulhos começaram de novo e sombras começavam a aparecer no espelho do quarto, ai fomos rápido para o banheiro, estávamos nervosos demais, suando frio de tanto medo, a casa toda escura sem nada ligado, só nós dois e a luz do celular. 
Não sabíamos mais o que fazer, fomos para o banheiro e ficamos um tempo lá, estávamos com muita fome e sede, então decidimos ir até a cozinha ver se tinha algo no armário, tentamos achar e pegamos um pacote de bolacha, mas quando fomos comer estavam todas moles então não comemos, pois não sabíamos quanto tempo a bolacha estava lá. Depois fomos até o telefone da sala por que o celular estava sem rede, mas quando tentamos ligar para a Karyna o telefone não estava funcionando, nosso único jeito era pular a janela, mas o medo era tanto que nosso lugar mais decente pra ficar era o banheiro que era no fundo da casa, e era completamente escuro lá, duas portas separavam o banheiro da casa com um corredor pequeno. Fomos lá de novo, estávamos com muito sono, mas impossível dormir com tanto barulho, vultos, passos, cachorros latindo e uivando... Já estávamos com muita dor nas costas de ficar sentados, mas ficamos ali, só escutando os barulhos. 
Estávamos nervosos com muito medo, pensando que qualquer momento alguém iria aparecer ali na nossa frente, e as portas estavam todas trancadas, então decidimos que quando desse 4:20 da manhã nós iriamos pular a janela do quarto da velha bruxa que ali morava, e tentar sair sem fazer barulho, não podíamos fazer barulho e nem falar alto. 
Depois fomos para o quarto de volta e ficamos deitados conversando, pensando em como sair da casa, mas de repente os cachorros começaram a correr pela casa desesperados, como se tivessem pessoas ali, então fomos ver se era alguém, mas não tinha ninguém lá, quando a Driely olhou para o lado viu um rosto, um rosto pálido com os olhos pretos, e ela começaram a tremer muito, mal conseguia falar, ela entrou em pânico, não sabia o que fazer, eu fiquei desesperado, pensando no que poderia acontecer com a gente. 
Quando deu 4:00 da manhã escutamos alguém bater na porta e corremos para nos esconder, poderia ser o velho, olhamos pela janela, com cuidado, e não era ninguém. Era assustador ver bruxas na estante da sala, enfeites de bruxas até pendurado no teto. Driely já havia entrado na casa antes, mas nunca passou por isso, apenas sabia que a casa era estranha. 
Ficamos nesse desespero de 1 hora até ás 4:20 da manhã, esperamos dar o horário, quando deu 4:20 abrimos a janela do quarto da bruxa, bem devagar, para os cachorros não latirem, eu sai primeiro pois sou maior que ela, então quando a Driely estava pulando a janela ela ouviu um barulho atrás dela, pois a casa era de madeira e fazia muito barulho, ela escutou um sussurro no ouvido, mas não conseguiu entender o que era, eu sei que ela ficou pálida e se arrepiou inteira. Enfim consegui tirar ela de lá, encostamos a janela por que não tinha como fechar, saímos devagar para os cachorros não latirem, e quando olhamos a janela da casa tinha um homem olhando, um homem mais ou menos velho, estava pálido, mas não deu pra ver muito bem porquê estávamos com pressa e vontade de sair da casa, pulamos o muro que não era alto. e saímos. 
O medo passou, mas era 4:25 da manhã, e estávamos na rua, sem ter pra onde ir, então começamos a andar pela rua e esperar amanhecer para ir pra casa, então andamos muito até chegar em umas ruas escuras e sem movimento para não ter risco de passar policia, achamos um lugar para sentar, pois estávamos cansados demais, ficamos sentados, e ai surgiu a ideia de escrever essa história, pois foi uma aventura perigosa e medonha da qual nunca tínhamos passado antes. Quando deu 6:00 horas amanheceu o dia e fomos embora. Nunca mais entramos na casa! 
O menino espantado ao ler aquilo saiu correndo e foi mostrar aos seus amigos e familiar àquela medonha historia. 

Eduardo - 209

Um comentário:

  1. vc tem muita criatividade,muito legal sua historia!*-* aline 208

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